Market Pulse Q1 2022
A publicação Portugal Market Pulse Q1, analisa o desempenho dos mercados de escritórios, retalho, investimento, residencial, hotéis e industrial & logística no primeiro trimestre de 2022.
- Joana Fonseca
No 1º trimestre de 2022 foram transacionados cerca de €180 milhões em imobiliário comercial no país. Apesar de um início de ano mais tímido que o habitual, o mercado segue bem posicionado para registar novamente em 2022 um dos melhores anos de sempre neste mercado.
Os Escritórios lideram, com a absorção a crescer 120% em Lisboa e 112% no Porto, quando comparado com o período homólogo, ao mesmo tempo que continuam os esforços do lado da oferta em prol de um reforço e qualificação do stock capaz de dar resposta às exigências de uma procura robusta e que continua sem sinais de abrandamento.
No Retalho, a atividade mostra-se a recuperar progressivamente do impacto da pandemia e a maioria dos operadores a retomar os seus planos de expansão. Embora a tendência seja transversal a praticamente todos os formatos, do comércio de rua aos centros comerciais, nesta fase as estrelas do setor são os retail parks e o retalho alimentar.
Em alta está também o interesse no setor Industrial & Logístico que, após uma década marcada pela tímida procura, vive hoje um momento de crescimento sem precedentes em Portugal, marcando o arranque de um novo ciclo de forte dinamismo do lado da oferta e do investimento, com o número de novos projetos em pipeline a multiplicar-se com vista a conseguir dar resposta a níveis de procura cada vez mais elevados, que o mercado continua com grandes dificuldades em satisfazer, tanto em Lisboa como no Porto.
Em forte recuperação segue também a atividade turística, com o número de dormidas e de visitantes em Portugal a quadruplicar nos dois primeiros meses de 2022 face a 2021, ao mesmo tempo que nos hotéis o diferencial dos principais indicadores da performance face ao observado no pré-pandemia é cada vez menos significativo, havendo mesmo exceções em que novos recordes estão já a ser ultrapassados.
Exibindo níveis de atividade cada vez mais elevados, o mercado Residencial português continua a ser um íman de atração de compradores internacionais, que pesam 40% das vendas realizadas pela JLL até março. Entretanto, e mesmo com o investimento crescente no lançamento de novos produtos, a procura continua a exceder largamente a oferta disponível, num cenário que se espera que continue a sustentar os atuais níveis de preços aos longo dos próximos meses.
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