RE Talks by JLL com Alice Matos
Os novos perfis de colaboradores pós-pandemia e as suas prioridades no espaço de trabalho.
Estamos a viver um novo normal, em que a saúde e o bem-estar das pessoas, se já não era, passou definitivamente para o topo das prioridades das organizações.
As pessoas esperam agora ter uma experiência segura, produtiva e flexível que as satisfaça em termos pessoais e profissionais, onde quer que o trabalho decorra.
As empresas que forem capazes de se adaptar a esta realidade, que procurarem conhecer as preferências das pessoas e que ajustarem o seu Espaço em conformidade terão uma maior vantagem competitiva.
Em 2020 vivíamos num mundo centrado no Workplace, ou seja, na dimensão e localização dos espaços de trabalho. Em 2025, o foco vai estar nas pessoas. O foco terá de estar assim na entrega de uma experiência e momentos memoráveis e recair na redefinição e no redesenho dos espaços que vão apoiar o futuro do trabalho.
O que querem então as pessoas do espaço de trabalho?
Atualmente 66% das pessoas querem ter um modelo híbrido, poder trabalhar do escritório e de casa, o que contrasta com os 25% que antes da pandemia referiam ter interesse neste modelo.
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Pedem também uma experiência Segura, produtiva e flexivel que satisfaça as suas necessidades pessoais e profissionais. Isto vai requerer da parte das organizações a capacidade de equilibrarem a dinâmica entre o workplace físico e virtual para ir ao encontro de estilos de trabalho diversificados e das constantes mudanças inerentes aos mesmos.
Para proporcionar esta experiência às pessoas as organizações têm de perceber o que é valorizado em cada um dos espaços.
Os estudos mostram que as 3 coisas mais importantes que as pessoas procuram quando vão ao escritório são:
- Gestão de equipas ou ter apoio de pares
- Desenvolver projetos de colaboração ou ter reuniões presenciais
- Resolver questões de trabalho
E em casa?
- Possibilidade de desligar após tarefas árduas
- Possibilidade de maior concentração
Num local alternativo?
- Socializar
- Ser inspirado (criatividade por exemplo)
Para melhor se adaptarem a estas tendências as empresas devem promover espaços que vão ao encontro das expectativas das pessoas. É importante que tenham:
- Espaços para socialização, como cafés, copas, lounges, terraços etc…
- Espaços relacionados com a natureza, exterior, jardins, etc…
- Espaços dedicados a trabalho de concentração
- Espaços para desenvolvimento
- Espaços criativos
- Espaços de colaboração
A pandemia acelerou também a transformação nos perfis individuais que encontramos nas organizações e os escritórios vão ter de proporcionar soluções quase à medida de cada um, já que as expectativas das pessoas em relação ao Espaço de trabalho vão ser radicalmente diferentes em função do seu estilo predominante. Quatro estilos foram identificados:
- Tradicional – 100% no escritório | com 34% de prevalência
- Experimental – 1 a 2 dias a trabalhar remotamente | com 32% de prevalência
- Bem-estar – 3 a 4 dias a trabalhar de casa | com 24% de prevalência
- Free-Spirit – 100% em casa | com 10% de prevalência
Estilos muito diferentes que as organizações vão ter de aprender a gerir nesta nova era. Os escritórios não vão assim desaparecer, a sua forma e a sua função está a evoluir, e será a forma como facilitamos a interação, colaboração e, não menos importante, promovemos a saúde, bem-estar e produtividade das pessoas o segredo para o sucesso organizacional.
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