Artigo

Às ondas… do castelo para o mundo

Lisboa, 1842.

Fevereiro 22, 2019

Lisboa, 1842.
 

Ocupado por instalações militares – incluindo uma penitenciária – o Castelo de São Jorge viria a ter uma importância nuclear na estética da cidade.

O engenheiro militar Eusébio Furtado, ao tempo governador de armas do castelo, ordenou aos presos – chamados “grilhetas”- o calcetamento de parte do pavimento, com pedras calcárias pretas e brancas, às ondinhas. O impacto visual foi de tal ordem positivo que romarias se organizaram para ver o resultado dessa iniciativa, segundo notava o Diário de Notícias. Nascia assim a Calçada Portuguesa.

A segunda experiência – ainda com os “grilhetas” – foi logo numa das praças mais icónicas e emblemáticas da capital, o Rossio, em 1848. O resto é história. A moda partiu daqui para o resto do país e para alguns cantos do mundo, cada vez com técnicas mais apuradas e temas mais complexos.

O curioso é que tal como Lisboa a Calçada Portuguesa começou lá no topo da colina.

Um monumento em bronze nos Restauradores, com figuras em tamanho real, homenageia os calceteiros…sem grilhetas.