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For a Brighter Future

Artigo de opinião por Sustainability & ESG JLL Portugal

Fevereiro 21, 2025
Avaliação de Impacto ESG: como medir o que realmente importa no setor imobiliário e em investimentos imobiliários

Já pensou no impacto real que os seus ativos imobiliários estão a gerar? A pressão para integrar critérios ESG (Environmental, Social and Governance) já não é uma tendência do futuro – é uma necessidade urgente no presente. Com os regulamentos a evoluírem rapidamente, é hora de as empresas do setor imobiliário e aquelas que investem em imóveis (como bancos, fundos e seguradoras) se adaptarem a uma nova realidade. Mas como medir o verdadeiro impacto ESG e superar as intenções?

A resposta está na Avaliação de Impacto ESG – um processo estruturado que vai além da simples medição de emissões de carbono e energia. Estamos a falar de uma abordagem que foca no que realmente importa: o bem-estar dos ocupantes, a resiliência às mudanças climáticas e a transparência nas práticas de gestão. Em outras palavras, não basta estar em conformidade – é preciso criar valor real e tangível a partir da sustentabilidade.

O que realmente importa na avaliação ESG?

Não há espaço para suposições quando se trata de sustentabilidade. Medir o impacto ESG significa converter princípios gerais em dados concretos e ações eficazes. E quando falamos de edifícios, uma das ferramentas mais importantes é a Análise de Ciclo de Vida (LCA), que avalia o impacto ambiental de um edifício desde a sua conceção até à sua demolição. Com esta abordagem, podemos tomar decisões informadas já na fase de projeto, optando por materiais de baixo carbono e soluções eficientes para minimizar o impacto no futuro.

Mas as implicações vão além do carbono. Se a sua empresa está preocupada com o conforto e a saúde dos ocupantes, as certificações como WELL, LEED e BREEAM são essenciais para garantir que os edifícios são não só eficientes, mas também saudáveis e agradáveis de viver e trabalhar. E quando falamos de transparência, o CDP (Carbon Disclosure Project) permite às empresas reportar e otimizar as suas emissões de carbono de forma contínua, enquanto o Energy Star Portfolio Manager oferece dados em tempo real sobre o consumo energético e a pegada ambiental.

Não podemos esquecer as ferramentas que ajudam a alinhar os investimentos com os desafios climáticos globais. O GRESB (Global Real Estate Sustainability Benchmark) é uma das referências essenciais para avaliar o desempenho ESG no mercado europeu, enquanto o CRREM (Carbon Risk Real Estate Monitor) vai ao encontro do risco climático e das necessidades de descarbonização a médio e longo prazo. E para as empresas que querem ser líderes em sustentabilidade, a SBTi (Science Based Targets initiative) é uma excelente forma de garantir metas de redução de emissões alinhadas com os objetivos globais.

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Os países que estão na vanguarda da sustentabilidade imobiliária estão a mostrar que os ganhos reais estão a vir de uma avaliação de impacto ESG bem-feita. Em França, o Décret Tertiaire está a forçar uma redução de 40% no consumo energético dos edifícios comerciais até 2030, enquanto a Alemanha está a integrar a análise do CRREM nas estratégias de investimento imobiliário, tornando-a um critério decisivo para os grandes investidores. Nos países nórdicos, Análises de Ciclo de Vida já são um requisito para novos projetos, levando a uma utilização mais eficiente de materiais e à construção de edifícios com menor impacto ambiental. A transposição da diretiva de desempenho energético dos edifícios (EPBD) está aí à porta (2026) e traz obrigações nestas matérias para todos os países europeus. Portanto o lema este ano tem de ser “Medir para Vencer!”

E Em Portugal? O Que Está a Acontecer?

Em Portugal, o cenário está a mudar rapidamente. A transposição da Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) a par com a Taxonomia da União Europeia que determina a definição de critérios claros para classificar investimentos sustentáveis, vai obrigar cada vez mais empresas a reportar de forma transparente o impacto ambiental e social dos seus ativos imobiliários – quer sejam empresas do setor imobiliário ou outros setores com investimentos imobiliários. Embora o caminho ainda seja desafiante, é possível estruturar uma avaliação ESG eficaz. O primeiro passo? Definir uma estratégia e equipar os edifícios com sistemas de monitorização inteligente que aproveitam a inteligência artificial para otimizar o consumo energético, reduzir as emissões e garantir a conformidade regulatória.

A conformidade com as exigências europeias não é apenas uma necessidade regulatória. É uma oportunidade estratégica. Ferramentas como GRESB e EPRA Sustainability Best Practices Recommendations (sBPR) ajudam a estruturar o reporte ESG, enquanto a adoção de metodologias como o TCFD (Task Force on Climate-related Financial Disclosures) trazem a análise de riscos climáticos para o centro da estratégia corporativa.

Recomendações dos Nossos Especialistas

A equipa de especialistas da JLL tem uma visão clara sobre o futuro da Avaliação de Impacto ESG, e partilhamos consigo algumas recomendações práticas e eficazes para dar os primeiros passos nesta jornada:

  1. Prepare-se hoje para o futuro regulatório – A pressão regulatória só vai aumentar. As empresas que se anteciparem e estruturarem uma estratégia robusta de Avaliação de Impacto ESG estarão não só em conformidade, mas também preparadas para aproveitar as oportunidades de financiamento sustentável e garantir a resiliência dos seus ativos.


  2. Comece já a recolher e analisar dados ESG – A chave para uma Avaliação de Impacto ESG eficaz está nos dados. Implemente sistemas de monitorização para garantir que está a medir o que importa: consumo energético, emissões de carbono e indicadores sociais. Ter dados fiáveis é essencial para a conformidade com a CSRD e para uma análise eficiente.


  3. Alinhe-se com os standards do mercado – Ferramentas como o GRESB e o CRREM são indispensáveis para avaliar o seu desempenho ESG de forma comparável com os líderes do mercado. Adotá-las não só garante a conformidade regulatória, como também atrai investidores sustentáveis.


  4. Integre a Análise de Ciclo de Vida desde o início – Avaliar o impacto ambiental desde a fase de projeto é um passo crítico. Use materiais de baixo carbono e implemente soluções que reduzam o consumo de energia e a pegada ecológica ao longo do ciclo de vida dos edifícios.


  5. Invista em Digitalização e Automação – A tecnologia tem um papel crucial na gestão ESG. Plataformas de análise de dados e IA não só ajudam a monitorizar o desempenho em tempo real, mas também oferecem informação valiosa que permite otimizar a eficiência e reduzir os custos operacionais.

A Avaliação de Impacto ESG não é apenas uma exigência regulatória – é uma ferramenta estratégica para criar valor sustentável, otimizar os custos e aumentar a resiliência a longo prazo. Na JLL, estamos prontos para ajudar as empresas a adotar as melhores práticas ESG e a garantir que os seus ativos imobiliários se destacam no mercado.

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