A Sustentabilidade na Hotelaria
Artigo de Opinião por Karina Simões, Head of Hotel Advisory na JLL
A Sustentabilidade está na ordem do dia e nas agendas dos mais variados sectores de actividade, não sendo o Turismo excepção. Como é do nosso conhecimento, a actividade turística faz um uso intensivo do território, daí a necessidade de envolver governo, players do sector e público em geral, no sentido de minimizar os impactos menos favoráveis no meio ambiente.
Se a implementação de políticas sustentáveis na hotelaria vai sendo já (felizmente!) uma realidade entre as principais marcas hoteleiras internacionais, esta é ainda uma realidade incipiente no contexto nacional. Tanto quanto nos foi possível apurar, existem já algumas unidades de alojamento certificadas com certificações LEED, BREAM e WELL (um número reduzido), mas a boa notícia é de que um número interessante de unidades estão nesta fase em processo de certificação.
Resumidamente, várias são as medidas que podem ser adaptadas nas unidades hoteleiras, no sentido de incorporar práticas sustentáveis mais eficientes, nomeadamente: utilização mais eficiente de energia recorrendo a fontes de energias renováveis as quais têm vindo a ser alvo de interessantes avanços tecnológicos, e permitem desta forma a redução de emissão de CO2; racionalização eficiente dos consumos de água; reciclagem, devendo para tal facto apostar-se na contínua formação da equipa e na sua sensibilização para os benefícios deste procedimento ser levado a cabo com sucesso, e muito para além do que está definido na legislação; controlo do ar e ambiente interior através da constante monitorização do sistemas AVAC, para que seja assegurada uma correcta ventilação dos hotéis; responsabilidade social corporativa, apoiando projectos e iniciativas de suporte à comunidade local, bem como direccionadas a clientes e colaboradores; entre outras.
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Tudo o que foi descrito soa a “caro”, ou seja, medidas que para o seu alcance exigem por parte das unidades hoteleiras o desembolsar de importantes somas de dinheiro. Contudo, ainda que o investimento inicial na adopção destas práticas possa sim realmente ser considerável, existem já vários estudos que comprovam que as poupanças a nível dos custos operacionais fazem com que a recuperação do investimento realizado seja relativamente célere, com vantagens não só económicas, mas também sociais e ambientais.
Verificam-se crescentes níveis de consciencialização em relação à necessidade de sermos um planeta mais preocupado com estas práticas, de tal modo que alguns turistas se preocupam já em fazer as suas escolhas de viagens (destinos, hotéis, meios de transporte, entre outros) de acordo com os seus índices de comprometimento com práticas sustentáveis, acrescentando desta forma um layer adicional de interesse na prossecução de medidas.
Escrito escrito para a Publituris Turismo
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